Todos os documentos,
publicações, teóricos, estudiosos nos apresentam formas de atuação profissional,
reflexões que visem ações positivas e transformadoras na educação de nossos
alunos, contudo, a realidade é bastante diferente. Estamos vivendo um tempo em
que a educação, a aprendizagem dos alunos estão sendo deixadas de lado, pois o
foco maior está em se mostrar resultados à sociedade. A preocupação atual do
Governo do Estado do Rio de Janeiro é reduzir o índice de distorção idade-série
e para isso são tomadas medidas que em nada auxiliam a aprendizagem do aluno.
São criados projetos e programas com a intenção de “formar” os alunos que se
encontram atrasados, com idade inadequada para cursar tal série, mesmo que para
isso a aprendizagem seja insuficiente.
Qual a
finalidade de se elaborar um capítulo específico para o espanhol nas
Orientações Curriculares (2006) se atualmente, apenas seis anos após sua
publicação, o espanhol encontra-se nas escolas estaduais do Rio de Janeiro como
disciplina optativa, com carga horária de apenas 50 minutos para as turmas do
ensino regular e 40 minutos para as turmas da EJA? Sem contar os inúmeros casos
de professores que estão com carga horária livre no quadro de horários, pois
não existem turmas para alocá-lo, já que a Secretaria Estadual de Educação
optou por realizar a chamada “otimização de turmas”, onde os alunos são
colocados nas turmas levando-se em conta a metragem de cada sala. Assim,
dependendo do tamanho da sala de aula (espaço físico), encontramos turmas com 41 a 50 alunos.
Como trabalhar
as quatro habilidades de uma língua estrangeira, proposta retomada no Currículo
Mínimo, com turmas de 50 alunos?
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